Como sua empresa tem cuidado dos colaboradores que estão em estado de burn-on para evitar que cheguem ao burnout?
No mundo corporativo, a palavra burnout já é bem conhecida. Ela se é o esgotamento extremo causado por estresse e sobrecarga no trabalho. Mas existe uma fase anterior a esse esgotamento chamada burn-on.
Esse conceito, ainda pouco explorado, descreve um estado em que a pessoa continua altamente produtiva, mesmo com um nível crescente de desgaste e exaustão, como se estivesse prestes a queimar – mas ainda mantendo a chama acesa.
Essa situação pode ser tão perigosa quanto o próprio burnout, com impactos significativos na saúde mental e no bem-estar. Vamos falar sobre isso?
O que é burn-on?
O burn-on ocorre quando alguém sente uma pressão constante para se manter produtivo e engajado, muitas vezes ignorando os próprios limites. Diferente do burnout, onde a pessoa já chegou ao ponto de esgotamento e apresenta sintomas intensos de desmotivação e cansaço extremo, o burn-on se manifesta como uma fase intermediária. A pessoa continua a entregar resultados e a parecer engajada, mas com sinais de cansaço persistente e dificuldade em relaxar.
Esse termo representa um estado de alerta constante, onde, em vez de colapsar, o indivíduo mantém a produtividade a todo custo. Contudo, a longo prazo, o burn-on pode evoluir para um burnout, caso não sejam tomadas medidas de cuidado e prevenção.
Sintomas do burn-on
Alguns sinais podem indicar que você ou alguém ao seu redor está vivendo o burn-on:
- Cansaço constante: a pessoa sente-se exausta mesmo após o descanso, como finais de semana ou férias curtas.
- Irritabilidade e falta de paciência: pequenas situações podem causar irritação e impaciência, um reflexo da energia em declínio.
- Dificuldade em desconectar-se do trabalho: mesmo fora do expediente, a pessoa sente-se obrigada a pensar em tarefas ou checar e-mails.
- Necessidade de produtividade contínua: existe uma sensação de que é preciso estar sempre produzindo, como se qualquer pausa fosse sinal de fracasso ou perda de tempo.
- Perda de entusiasmo: atividades que antes eram satisfatórias e motivadoras começam a perder a graça.
Impactos do burn-on na vida e na carreira
O burn-on impacta diretamente a saúde mental e física. A falta de pausa e o constante estado de alerta podem levar a problemas de saúde, como insônia, aumento da pressão arterial, problemas digestivos, ansiedade e até depressão. No ambiente profissional, essa fase pode dar uma falsa impressão de que o indivíduo está “dando conta” do que precisa fazer. No entanto, com o passar do tempo, a produtividade tende a diminuir, e o desgaste pode levar a erros, conflitos e, eventualmente, a um burnout.
Esse estado também afeta relacionamentos pessoais e qualidade de vida, pois o foco constante no trabalho impede que o indivíduo relaxe e aproveite momentos fora do expediente, como hobbies e vida social. Muitas vezes, quem está em burn-on sente que precisa sacrificar esses momentos para “dar conta” das demandas.
Estratégias para gerenciar o burn-on
Prevenir o burn-on exige autoconhecimento e práticas de autocuidado. Algumas estratégias que podem ajudar:
- Estabeleça limites claros: tenha horário para parar de trabalhar e evite responder e-mails ou mensagens fora do expediente.
- Priorize o autocuidado: invista em atividades que trazem relaxamento e bem-estar, como exercícios físicos, hobbies e momentos de descanso. Esse equilíbrio é essencial para recarregar as energias.
- Busque apoio profissional: conversar com um terapeuta ou coach pode ajudar a entender melhor os sinais de burn-on e criar estratégias para gerenciá-lo.
- Desenvolva a inteligência emocional: aprender a lidar com as próprias emoções ajuda a identificar momentos de estresse e a desenvolver resiliência, essencial para gerenciar a pressão.
- Aprenda a dizer não: reconheça seus limites e recuse demandas excessivas. Delegue tarefas sempre que possível e seja honesto com o que pode ou não fazer.
Transformando pressão em crescimento
O burn-on é um sinal de alerta. Embora a pressão constante possa parecer parte do cotidiano moderno, é fundamental reconhecer que ignorar o cansaço e a sobrecarga pode levar a consequências graves para a saúde e o desempenho. Em vez de ver a pressão como um combustível para a produtividade a qualquer custo, podemos aprender a usá-la para nosso crescimento e desenvolvimento, encontrando um equilíbrio saudável.
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